Professores
universitários rejeitam proposta e greve continua
Oferta não atende
às reivindicações da categoria, segundo a presidente da Andes
Os representantes
das instituições federais de ensino ficaram insatisfeitos com a proposta
apresentada nesta sexta-feira (13) pelo governo. Segundo a presidenta da
Associação Nacional dos Docentes do Ensino Superior (Andes), Marinalva
Oliveira, a oferta governamental não atende às reivindicações da categoria.
“A proposta do
jeito que está não contempla nossas reivindicações, que é a reestruturação da
carreira, considerando uma carreira atrativa para todos os níveis. Do jeito que
está não contempla desde o professor graduado até o professor com doutorado.
Atende apenas a uma minoria”, reclamou.
Para Marinalva, a
proposta beneficia um percentual pequeno dos docentes universitários. “A tabela
mostra a desestruturação da categoria, que atinge poucos professores. Seria
beneficiado quem está no topo da carreira. Quem está na base continua com
dificuldade de progressão salarial”, disse.
A próxima reunião
entre representantes da categoria grevista e do governo federal está agendada para
dia 23 de julho. Até lá, a greve, que dura 57 dias, continua.
Segundo dados da
Associação Nacional dos Docentes do Ensino Superior (Andes) e do Sindicato
Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica
(Sinasefe), a paralisação atinge 57 das 59 universidades federais, além de 34
dos 38 institutos federais de educação tecnológica.
Na Bahia,
professores da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf),
Universidade Federal da Bahia (Ufba), Universidade Federal do Recôncavo da
Bahia (UFRB) e Instituto Federal da Bahia (Ifba) aderiram à greve nacional.
“Hoje estamos com
quase 100% da base em greve. Vamos levar a proposta às nossas bases, realizar
assembleias para que retornemos ao governo com nossa contraproposta. Esperamos
que o diálogo possa acontecer”, disse. O mesmo vai ocorrer entre os grevistas do
Sinasefe, que também se demonstraram “frustrados” após a reunião.
“A proposta deixa
a gente muito frustrado, não discute a precarização da educação brasileira e
não apresenta nada aos técnicos administrativos. Estamos muito insatisfeitos,
vamos desenvolver o trabalho democrático de ir para as bases com a proposta e
discutir com a nossa categoria, para dar retorno ao governo e dizer o que não
nos agrada nessa proposta”, disse o coordenador-geral do Sinasefe, Davi Lobão.
Para o secretário
de Educação Superior do Ministério da Educação, Amaro Lins, a aceitação da
proposta do governo pelos grevistas é apenas questão de tempo.
“Acredito que
quando as propostas forem analisadas, (os professores) vão reconhecer que esse
foi um dos maiores avanços que tivemos até hoje em termos de carreira do
docente. Estou convencido que eles vão gostar da proposta e propor
imediatamente o retorno das atividades do ano letivo e garantir que estudantes
não tenham prejuízo”, declarou aos jornalistas. As informações são da Agência Brasil.
By: Correios
(Jornal)
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