Professores
federais rejeitam proposta por unanimidade e greve continua
Paralisação atinge
57 das 59 universidades federais, além de 34 dos 38 institutos federais de
educação tecnológica
O impasse entre
governo federal e professores de universidades federais continua. Após reunião,
a greve, que dura 68 dias, segue sem data para terminar. O secretário de
Relações do Trabalho do Ministério do Planejamento, Sérgio Mendonça, reconhece
que não houve avanço nas negociações. “Ainda estamos muito longe de um acordo”,
admitiu.
Durante quase três
horas, representantes da categoria demonstraram ao governo insatisfação com a
proposta de reajuste salarial apresentada no dia 13. Segundo a presidenta do
Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes),
Marinalva Oliveira, a rejeição foi por unanimidade.
“Temos uma grande
divergência com o governo enquanto concepção. O conjunto das entidades rejeitou
por unanimidade e o governo avalia que tem avanço nas suas proposta. O que eles
oferecem desestrutura ainda mais nossa carreira”, disse Marinalva.
A Andes apresentou
ao governo documento com 13 itens que desqualifica a proposta de aumento
salarial oferecida pelo governo. Segundo o texto, “a proposta foi elaborada sem
a definição de conceitos, de critérios e de índices necessários à reorganização
e à afirmação de direitos” e ainda classificou como “desestruturação da
carreira docente e da malha salarial correspondente”.
Dados do Andes e
do Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional
e Tecnológica (Sinasefe) apontam que a paralisação atinge 57 das 59
universidades federais, além de 34 dos 38 institutos federais de educação
tecnológica.
Para o secretário
de Educação Superior do Ministério da Educação, Amaro Lins, o governo tem
trabalhado “arduamente” para a resolução do problema. “Estamos trabalhando
arduamente para chegar a um acordo para que possamos retomar atividades,
recuperar o tempo de greve e para que nossos alunos não sofram prejuízos ainda
maiores que já tiveram”, disse.
Uma nova reunião
foi agendada para às 10h desta terça-feira (24). Mendonça se reunirá ainda hoje
com os ministros do Planejamento, Miriam Belchior, e da Educação, Aloisio
Mercadante, para apresentar as reivindicações dos professores universitários
federais. As informações são da Agência Brasil.
By: Correios BAHIA
( Jornal)
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