1,7 milhão de
baianos vivem no estado de São Paulo, aponta IBGE
Depois da Bahia,
aparece o estado de Minas Gerais, com 1,6 milhão de mineiros vivendo em São
Paulo
Cerca de 1,7
milhão de baianos deixaram seus municípios de origem para viver no estado de
São Paulo. Esse dado foi divulgado nesta quarta-feira (17) pelo Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) através do Censo 2010. Segundo
essa pesquisa, a Bahia se destaca por ter o maior número de residentes não
naturais no estado paulista.
Em número
absolutos, a quantidade de pessoas do estado que vivem em São Paulo corresponde
aproximadamente à população das cidades de Feira de Santana (672 mil), Vitória
da Conquista (310 mil), Lauro de Freitas (163 mil), Camaçari (242 mil),
Candeias (83 mil), Dias D'Ávila (66 mil), São Sebastião do Passé (42 mil),
Itaparica (58 mil) e Mata de São (40 mil) juntas.
Depois da Bahia,
aparece o estado de Minas Gerais, com 1,6 milhão de mineiros vivendo em São
Paulo, e Paraná com 1 milhão. Minas Gerais também tem destaque no Rio de
Janeiro, como o estado de maior parcela de residentes não naturais. Junto com a
Paraíba e o Ceará, eles alcançam 45,9% do total de migrantes. Historicamente, a
região Sudeste foi o principal destino dos nordestinos - 66,6% das pessoas do
Nordeste que vivem fora da região migraram para lá.
O Censo 2010
mostra que 35,4% da população brasileira não reside no município onde nasceu,
sendo que 14,5% (26,3 milhões de pessoas) moram em outro estado. A Bahia
aparece em 2º lugar nas lista dos estados com o maior volume de população
natural residindo em outras unidades da federação. Mais de 3 milhões de pessoas
que nasceram na Bahia não moram mais aqui. Em 1º lugar aparece Minas Gerais,
com 3,6 milhões de pessoas fora do estado, em 3º fica São Paulo, com 2,4
milhões e em 4º o Paraná, com 2,2 milhões.
Segundo o IBGE, a
comparação entre os valores de residentes não naturais com o de naturais não
residentes mostra que, historicamente, 15 estados vêm apresentando resultados
positivos no processo de migração. Ou seja, chegam mais pessoas do que saem.
Esse é o caso de São Paulo, que tem apresentado o maior ganho populacional
resultante desse processo histórico de migração interestadual, com 5,6 milhões
de pessoas.
Já os outros 12
estados tiveram resultados negativos. O número de saídas é maior do que o de
chegadas, como é o caso de Minas Gerais e Bahia - estados com histórico de
emigração com maior diferença negativa entre naturais não-residentes e
não-naturais residentes (ambos com 2,2 milhões de pessoas).
Nordeste
Segundo o Censo
2010, a região Nordeste apresentou o maior número de estados com altos
percentuais de imigrantes vindos de outras grandes regiões. Dos seus nove
estados, seis apresentaram, em 2010, mais de 50,0% do total de imigrantes de
última etapa vindos de outras regiões, destacando-se a Bahia, onde 73,5% de
seus imigrantes eram oriundos de outras grandes regiões.
Em relação à
chamada migração de data-fixa, que investiga o local de residência do indivíduo
cinco anos antes do Censo, observou-se que a região Nordeste foi a única que
perdeu população.
Em 2005 e 2010,
1,3 milhão de pessoas deixaram a região, sendo que 828 mil dirigindo-se para o
Sudeste e 386 mil fizeram o caminho inverso. Os estados que tiveram as maiores
perdas de população no período foram Maranhão e Bahia.
Entre os 4,6
milhões de indivíduos que migraram entre as unidades da federação nos cinco
anos antes do Censo, 2,4 milhões eram homens e 2,3 milhões, mulheres. A maior
parte era formada por adultos entre 20 e 29 anos (31,5%). Em seguida, vieram os
migrantes que tinham entre 30 e 39 anos (19,8%). Em termos gerais, 89% dos
migrantes tinham menos de 50 anos e 5% eram idosos, com 60 anos ou mais.
By: Correios BAHIA
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